A Terraform Labs, empresa de ativos digitais cofundada por Do Kwon, entrou com pedido de proteção de falência, Capítulo 11, nos EUA.
Os ativos e passivos estimados da empresa estão na faixa de US$ 100 milhões a US$ 500 milhões, enquanto o número de credores está entre 100 e 199, de acordo com documentos judiciais apresentados em Delaware no domingo.
Kwon é procurado pela Coreia do Sul e pelos EUA depois que o colapso de sua stablecoin TerraUSD e do token Luna, em 2022, destruiu pelo menos US$ 40 bilhões em valor e exacerbou uma derrocada no mercado de criptoativos de US$ 2 trilhões. Os tumultos contribuíram para uma onda de falências e expuseram riscos profundos no mercado de ativos digitais.
O ex-magnata dos criptoativos está sob custódia em Montenegro por viajar com passaporte falso. Kwon poderá ser extraditado para os EUA em meados de março para enfrentar acusações de ter orquestrado uma grande fraude, disse seu advogado no início deste mês.
Os documentos judiciais listavam Kwon como acionista de 92% da Terraform Labs. Outro empresário sul-coreano, Daniel Shin, é dono do restante da empresa constituída em Cingapura, segundo os jornais.
“A comunidade e o ecossistema Terra demonstraram uma resiliência sem precedentes face à adversidade, e esta ação é necessária para nos permitir continuar a trabalhar em direção aos nossos objetivos coletivos, ao mesmo tempo que resolvemos os desafios legais que permanecem pendentes”, disse o CEO da Terraform Labs, Chris Amani, em uma declaração.
Além de serem indiciados por fraude, Kwon e Terraform Labs também estão sendo processados pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
No mês passado, o juiz distrital dos EUA Jed S. Rakoff decidiu a favor do regulador dos EUA, concordando que a Terraform Labs é responsável pela venda de valores mobiliários não registrados, mas rejeitou as alegações de que a empresa havia feito transações em swaps baseados em títulos não registrados. Na decisão, Rakoff disse que o caso de fraude da SEC contra a Terraform deve ser julgado por um jú
Fonte: Valor Econômico