Uma das maiores importadoras de vinhos do país, a Winebrands ajuiza o pedido de falência contra o Eataly pelo do não pagamento de uma dívida de R$ 82,2 mil, segundo processo aberto em janeiro na 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo.
A Winebrands fala na ação em “tentativa frustrada de recebimento amigável”, por isso nada restou a não ser protestar oito títulos junto ao tabelião. Ainda segundo a distribuidora, a Eataly é uma empresa com altos valores de débitos, e citou a existência de 634 protestos contra a empresa, a grande maioria dívidas recentes, somando valor superior a R$ 8 milhões.
Na data de hoje (02), o caso foi remetido ao Diário Oficial e a juíza do caso, Clarissa Tauk, se manifestou e menciona que a notificação do protesto, para requerimento de falência da empresa devedora, exige a identificação da pessoa que recebeu a notificação.
Ainda afirma que para realizar protesto por edital, é preciso demonstração da prévia tentativa de notificação. Por conta disso, a juíza decidiu dar 15 dias de prazo à Winebrands, a partir da data de hoje, para regularizar essa situação.
Empresa pode ser vendida
O Eataly chegou a fazer parte inicialmente do processo de recuperação judicial da SouthRock Capital, dono da Starbucks, mas em dezembro, a 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo acolheu o pedido de recuperação judicial do SouthRock sem incluir o Eataly.
Segundo o Pipeline, site de negócios do Valor, informou em dezembro, a manutenção do Eataly na recuperação atrapalharia uma negociação que já estava em andamento, fora do processo judicial, para a venda do ativo pela holding.
Cerca de 60 investidores, constituídos no fundo Wings, vinham avançando nas conversas no fim do ano passado, e segundo apurou o Valor, neste ano, o processo de venda avançou.
Procurada, o Southrock Capital ainda não se manifestou.
Fonte: Valor Econômico